sábado, 31 de julho de 2010

A verdade sobre as pessoas


As pessoas  não costumam ser aquilo que ela parecem, mas isso pode acontecer. As aparências enganam como acertam. Por isso não julgue alguém somente pelo que ela parece, mas não deixe de tirar disso uma leitura sobre a pessoa.

Quando se conhece alguém por muito tempo, temos a mania de acharmos que sabemos tudo sobre ela e que ela não nos surpreenderá. Isso é um erro. Ninguém conhece ninguém em todo seu intimo, normalmente nem você conhece a si próprio tão bem, tanto que em muitos momentos de sua vida se sentirá surpreso por suas decisões e atitudes.

Ninguém é a mesma pessoa todo o tempo. Se você está com seu melhor amigo você vai ser uma pessoa diferente de quando você está com o seu filho ou chefe. Todos temos uma parcela de nosso ser que é multipolar, o que justifica isso não é a falsidade ou mentira, são simplesmente os padrões sociais, a intimidade e a personalidade de cada pessoa.

Somos muito mais egoístas do que altruístas. Por mais que justifiquemos que daríamos a vida por aqueles que amamos, não dedicamos nem 20% a eles, somos excessivamente preocupados com problemas e prazeres pessoais. Então usamos a desculpa que morreríamos um pelos outros, isso porque queremos justificar o nosso descaso e a morte representa mais que a vida para boa parte das pessoas. Lembre-se, você só pode fazer quem você ama feliz enquanto está vivo.

A morte é um fato, infelizmente até hoje ela não é discutível. Quando você irá morrer não há como saber, por isso seja feliz enquanto pode. O que existe no “além da vida” ninguém nunca pode explicar com certeza, são várias as teorias, escolha a que mais te agrada, assim morrerá de uma maneira menos melancólica.

A maioria das pessoas tem medo de arriscar, isso não é bom. Quem foge de riscos, foge da felicidade, você pode errar ou acertar, e há erros que em longo prazo de mostram mais desejáveis do que os acertos. Se quiser um exemplo pergunte a uma mulher que foi mãe aos 16 anos e que hoje vive feliz com seu filho.

O tempo muda nossas perspectivas. O que era errado ontem pode não ser errado hoje, assim como o certo hoje pode ser errado amanhã. Com isso perceba as verdades absolutas só duram até que uma nova verdade apareça.

Pessoas influenciáveis são fácies de se descobrir. Elas costumam ter a opinião muito ligada ao senso comum, gostam de chocolate, tem grandes chances de serem fanáticos em alguma concepção, não tem boa leitura, não são irônicas, o sarcasmo é algo punitivo e sorriem mais. Em uma rodinha de amigos é sempre aquele que só concorda e quando discorda não tem argumentos próprios.

Pessoas influentes também são fácies de ser descobrir.  Quase sempre tem opinião sobre tudo, tem boa leitura, não gostam do senso comum, suas concepções mudam, mas seus princípios são permanentes, são irônicas, sarcásticas, sorriem quando querem ou precisam. Tem maior probabilidade a discordar do que concordar. Em uma rodinha de amigos são os que mais apresentam idéias e falam.

Mas a verdade sobre as pessoas, não está só nesse texto, ela está em cada pessoa. É um erro seguir sempre padrões, algumas pessoas não fazem parte deles, a parte interessante das pessoas é a incógnita que elas representam. Há regras, mas há exceções. Por isso busque a verdade em você. Se entenda antes de querer entender o outro.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Não idealizar




Ela era uma garota de 16 anos. Ele era um garoto de 17 anos. Eles não eram se quer amigos. Ela o idealizava. Ele a achava “gostosa”. E foi assim que tudo começou.
Não era preciso muito para que Luiza se sentisse zonza, somente que Marcos aparecesse perto dela. Marcos era o “bonitão” ele era considerado o garoto mais lindo da escola e todas o desejavam, e o pior é que ele sabia disso. Luiza era bonita, simpática, mas tinha a péssima mania de idealizar as coisas, especialmente Marcos. Ela julgava amá-lo, que ele era o seu príncipe encantado e ela estava convicta de que tinha que conquistá-lo.

Ela fazia de tudo para que ele a notasse, e como ela era bonita, ele a notou, logo a chamou para ir a uma festa na casa de um amigo dele. Ela aceitou. Ficou muito feliz pelo convite e gastou toda a sua mesada na produção para a festa de sábado à noite, já estava imaginando com seria romântico, como ele a pediria em namoro no próximo mês e que todas as outras garotas de escola a invejariam.

Era sábado, Luiza já estava pronta ás dez da noite, sendo que a festa começava ás onze. Ela estava linda, ela estava linda só pra ele. Quando se olhava no espelho não imaginava como era bonita, mas sim como queria que ele a achasse a mais bonita.

A festa foi ótima para Luiza e para Marcos, eles ficaram. Ela estava muito feliz por isso, contava a todos que via. Ele percebeu a felicidade dela, e se aproveitou disso, a chamou para ir para o quarto do seu amigo. Ela ficou meio em dúvida, mas quando ele disse que se ela o amasse de verdade ela iria, Luiza não pensou duas vezes e aceitou.

Ambos sabiam o que ia acontecer, eles iriam transar. Marcos estava feliz por isso, Luiza também, só que ela já idealizava. Não via o fato de que sua primeira vez iria ser com um garoto que ela só tinha beijado hoje e conversado 32 vezes(sim, ela havia contado), no quarto de desconhecido e em uma festa que todos viam e percebiam o que estava acontecendo. Ela enxergava que teria a sua primeira vez com o amor de sua vida, que também a amava e a desejava mais do que tudo, em um lugar azul como o céu e com todas as outras a invejando.

Na segunda feira Luiza era o assunto da escola, mas ela não ligava, afinal tinha o seu Marcos, ou pelo ou menos achava que tinha. Até que ela foi falar com ele. Bem, ele não foi muito atencioso com ela. Ela culpou o professor de matemática, pela falta de atenção. No recreio ela o abraçou, mas Marcos a disse, perto de outras pessoas, que ele não saia com vadias mais de uma vez e que era melhor ela para de correr atrás dele.

Luiza chorou, pela primeira vez ela não idealizou nada, só sentiu, viu a realidade, e correu para o banheiro. Ela não conseguia acreditar, como ele podia ter feito isso com ela? Eles haviam feito amor, ele havia sido carinhoso. Tudo estava saindo como ela havia imaginado, como queria.  Era o seu conto de fadas.

Os dias de passaram, Luiza foi motivo de chacota. Todos riam dela, ela ligava, odiava todas aquelas pessoas sem coração e más. Ela chorava na maior parte do tempo, pensava que não conseguiria aguentar toda aquela dor, queria morrer e quase o fez, mas quando estava com os comprimidos da mãe em uma mão, imaginando como seria a morte. Ela pensou em si, nos seus sonhos, no seu futuro, e por mais incrível que pareça ela não idealizou nada, aceitou tudo, se levantou e decidiu viver por ela. Ser linda, inteligente, divertida, pra si própria.

Hoje Luiza tem 26 anos trabalha como advogada de uma firma de sucesso e tem uma carreira promissora, ela está ainda mais bonita e saindo com um cara legal, ela não o idealiza. Luiza se ama mais do que tudo, e isso faz esse cara legal também a ame acima de tudo. Ela não demonstra expectativas, ele vai a pedir em casamento. Ela não vai aceitar, a não ser que ele espere a até ela fazer 30 anos. O cara legal vai esperar.

Luiza não sabe muito sobre Marcos, só que ele trabalha como entregador de pizza, tem problemas com o alcoolismo e namora o seu amigo que dava muitas festas. Não o odeia, senti gratidão por ele, afinal se ele não tivesse feito o que fez, hoje ela não estaria onde está. Talvez ela não fosse uma mulher que é.

Todos os dias quando ela acorda, se olha no espelho e não vê em seus olhos, aquela garota ingênua que há 10 anos viveu por um cara e pensou em desistir porque se deu conta que ele não vivia por ela. Hoje ela vê uma mulher que vive por si mesma e ama a vida. Ela sorri e pensa como ela está linda, não pra um cara, mas pra ela. E que finalmente as outras a invejam, mas não só por um cara, a invejam principalmente por ela ser como é, destemida e confiante, e não precisar de um cara para se sentir bem.

sábado, 17 de julho de 2010

O filme do amor



Há tanto mistério sobre a razão de nossos sentimentos, há tantas dúvidas sobre o amor. Parece tão melodramático quando vemos cenas em filmes onde alguém diz que “Não posso viver sem você”.
 
Para uns isso é uma verdade, algo lindo e arrebatador. Algo que eles compreendem. Algo que eles sentem. Já para outros é uma boa jogada de makerting, é romance para garotinhas, algo sem lógica, algo impossível e idiota, que só emociona pessoas bobas.
 
O mocinho e a mocinha. O casal. Amor eterno. Finais felizes. Finais Trágicos. O tempo. O amor. Já parou para pensar nisso, os filmes nos trazem situações e um mesmo filme pode ser visto de maneiras diferentes. Por que isso acontece?
 
Porque cada um de nós vive de maneira diferente. O “Não posso viver sem você” pode ser utópico para você, mas pode representar a realidade para outra pessoa, simplesmente pelo fato que ela tem alguém na vida dela que ela não poderia viver sem.

Cada filme ou livro se encaixa com determinada pessoa, porque ela se identifica. A dor presente em Romeu & Julieta pode ser interpretada por alguém que nunca amou como uma maneira de Shakespeare de inovar a literatura e não ter um final feliz, surpreendendo o leitor.

Mas para uma pessoa que tem um grande amor, a dor de Romeu ao perceber que Julieta estava morta era insuportável, ele não conseguiria viver sem ela. Ele não conseguia se imaginar sem seu grande amor, ele preferia a morte e a chance de compartilhar a eternidade com ela do que uma vida carregando o fardo de não poder tê-la em seus braços.

Por isso não devemos criticar certar situações no amor, não devemos julgar algo que não conhecemos. Quando nos julgamos superiores e espertos, e criticamos pessoas que se emocionam com filmes de amor, estamos sendo ignorantes. Só quem ama sabe como pode ser doloroso viver em um mundo sem quem amamos. E se você não acredita nisso, talvez você ainda não tenha sentido isso, o amor.